Hoje criei coragem e comecei a arrumar e limpar meus livros. Esses que vocês vêem nas fotos abaixo são apenas uma parte, os de Lobato e livros de História em geral (memórias, biografias, ensaios, etc). Na próxima semana será a vez de literatura em geral e outros mais. Depois serão revistas, jornais, fotografias...
Agora antes de voltar ao lugar, cada um está sendo limpo e cadastrado, além de inspecionado minuciosamente. E isso por um agradável motivo.
Semana passada encontrei a primeira edição de "Minha vida e minha obra", do Henry Ford, editada pela Cia. Gráfico-Editora Monteiro Lobato em 1925.
O livro está desgastado pelo tempo e por isso resolvi restaurá-lo; já havia soltado as capas, descosturado os cadernos e deixei mais um pouco para desacidificar, antes de começar a limpeza do miolo. Foi aí que encontrei um bilhete da loteria paulista do ano de 1927.
Em perfeito estado e conservação para sua idade ele correu no dia 18 de março desse mesmo ano e seu valor era de 500 contos de réis. Foi vendido numa agência da praça Antonio Prado, conforme informa um carimbo estampado nele.
Vai daí que achei um bom palpite e apesar de nem saber jogar no bicho, resolvi apostar na sorte. Pois não é que no 6° prêmio sai o número inteirinho? Mamei R$ 350,00 reais da banca. Pois é: faltando um mês para completar oitenta e um anos o bendito bilhete fez alguém feliz.
Depois tem gente que diz que livro velho não serve pra nada...
Ah, perdoai, Senhor, eles não sabem o que dizem.