domingo, janeiro 21, 2007

Idéias

Idéias não são metais que se fundem” (Borges de Medeiros, político gaúcho)

Muitas pessoas se prendem a convicções e dogmas, e simplesmente não aceitam mudar de opinião, às vezes nem conhecer outras idéias. Trancam-se em um mundo próprio, repleto de preconceitos e crenças sólidas, por medo ou insegurança. Sim, pois mudança exige coragem: mudar de emprego, de cidade, de namorada. Ou simplesmente mudar o corte de cabelo; mas é preciso estar preparado para as conseqüências que qualquer mudança traz para sua vida.

Se a gente não se adaptar às constantes mudanças da vida, nossa existência perde o sentido. Adaptar-se não é perder o caráter e a individualidade, mas sim reforçá-los. Adaptar-se é diferente de aderir, de se vender. Tudo na vida é evolução; quem não evolui perde a parada. Desde as girafas que esticaram seus pescoços para alcançar os brotos nas copas das acácias até certas orquídeas que desabrocham em forma de insetos para atrair seus polinizadores.

Evoluir é preciso para se continuar a viver; o frio na barriga, a expectativa do que vai acontecer, tudo isso faz o encanto das mudanças.

Quem não muda vai terminar seus dias casmurro numa casa escura, vivendo com seus próprios fantasmas. E convenhamos: não deve ser nada agradável conviver com fantasmas, ainda mais quando eles são só espectros de nossas próprias mazelas.

Pensem nisso e Boa Semana!!!

sábado, janeiro 13, 2007

Herança

As fotos abaixo são de uma orquídea cujo nome científico é Stanhopea. Natural da América Central, sua floração acontece uma vez por ano, no mês de janeiro.

Bem, essa orquídea que vocês vêem nas fotos está aqui no quintal, e veio de Portugal nos anos 60, trazida pela minha bisavó. Agora, alguém imagina que a pobre velhinha sabia nomes científicos?

















Chamava-a simplesmente de "passarinho", pelo formato das flores.

















E mal sabia ela que um dia suas flores tão queridas seriam vistas pelos olhares de tantas pessoas.

Mundo velho sem porteira...

domingo, janeiro 07, 2007

Uvas

Quem as vê assim, ainda molhadas pelo orvalho da madrugada e com aspecto tão agradável e doce, se esquece do que trazem dentro de si.

Uvas ao amanhecer, by Ricardo

A alegria e o delírio, a comemoração e o fracasso, o prazer e a ressaca, o suave sabor ou o travo amargo. Trazem dentro de si o bendito lenitivo pra tantas desgraças ou o estopim para outras tantas. A dualidade, enfim.

E no entanto, quem as vê lá nisso põe atenção?

Sussurros


O vento sussurra por entre a copa das árvores, trazendo segredos que nunca saberemos, e levando consigo as impressões que têm as árvores sobre aquilo que ouvem.

Que belo mistério...


Foto: Eucalipto em dia nublado, by Ricardo