Já escrevi sobre amizade muitas vezes, e assim continuarei fazendo até depois de minha morte: penso em arranjar um médium que continue a escrever minhas besteiras post mortem.
Bom, ontem fui até uma cachaçaria em São Paulo para encontrar-me com um grupo de amigos. Mas não quaisquer amigos: somos em sete, numa amizade que gira em torno de 20 anos, dos bons tempos da escola, nosso velho e bom Tamandaré...
Durante o ano nos encontramos diversas vezes, mas esse encontro antes do Natal já se tornou tradição. Nem sempre cumprida, diga-se de passagem....
De todos, apenas um não compareceu, ás voltas com o filho recém-nascido. Plenamente desculpável, Alex, tomei uma cerveja por você e pelo pequeno que vai perpetuar nossas histórias através do tempo...
Como sempre eu fui o primeiro a chegar (e deliberadamente cheguei com meia hora de atraso, mas mesmo assim não adiantou), e pra não ficar à toa, fiquei paquerando a bela loira que era umas das hostess da casa. Que me ignorou olimpicamente; uma pena pra ela, coitada...
Finalmente começaram a chegar, e tomamos a nossa mesa. O que ali se passou nem adianta contar, tantas risadas, tantos casos do passado que vêm à baila. São sempre assim esses encontros, repetimos velhas histórias, tantas vezes ouvidas, mas que ainda assim fazem rir e servem de motivo para “arrancarmos o couro” do envolvido. Todos temos “a” história, aquela em que fomos protagonistas e que se destaca entre todas as outras.
Hoje o grupo aumentou: novos amigos, esposas, namoradas, filhos, mas os sete continuam os mesmos: eternos moleques, mal disfarçados pelos abdomens proeminentes ou pelos cabelos grisalhos.
Cada um luta pela sua vida, uns mais sossegados, outros na busca mais inglória, mas quando nos encontramos o mundo pára, só existimos nós e nossas histórias.
Nunca passou a menor sombra de desentendimento entre nós. Nenhuma mulher, dinheiro ou opinião nos fez romper. Brigar, brigamos muito, chamamos nomes uns aos outros. Sei que posso pegar qualquer um deles e passar-lhe uma descompostura caso tenha feito alguma besteira grossa, e eles sabem – e fazem – o mesmo comigo.
Assim como sei que a qualquer hora da madrugada, e em qualquer lugar em que me encontre, posso ligar para um deles e pedir socorro. É uma espécie de Máfia, mas sem pacto de sangue ou bobagens parecidas. O que nos une é um profundo e inabalável sentimento de comunhão, de afeto, de fraternidade.
Muita gente já escreveu sobre a amizade, mas creio que poucas, como eu, tiveram a grande ventura de viver tudo aquilo que as palavras descrevem.
Que todos vocês tenham a felicidade de ter amigos como esses e outros com que a vida me presenteou.
Boa Semana!
Bom, ontem fui até uma cachaçaria em São Paulo para encontrar-me com um grupo de amigos. Mas não quaisquer amigos: somos em sete, numa amizade que gira em torno de 20 anos, dos bons tempos da escola, nosso velho e bom Tamandaré...
Durante o ano nos encontramos diversas vezes, mas esse encontro antes do Natal já se tornou tradição. Nem sempre cumprida, diga-se de passagem....
De todos, apenas um não compareceu, ás voltas com o filho recém-nascido. Plenamente desculpável, Alex, tomei uma cerveja por você e pelo pequeno que vai perpetuar nossas histórias através do tempo...
Como sempre eu fui o primeiro a chegar (e deliberadamente cheguei com meia hora de atraso, mas mesmo assim não adiantou), e pra não ficar à toa, fiquei paquerando a bela loira que era umas das hostess da casa. Que me ignorou olimpicamente; uma pena pra ela, coitada...
Finalmente começaram a chegar, e tomamos a nossa mesa. O que ali se passou nem adianta contar, tantas risadas, tantos casos do passado que vêm à baila. São sempre assim esses encontros, repetimos velhas histórias, tantas vezes ouvidas, mas que ainda assim fazem rir e servem de motivo para “arrancarmos o couro” do envolvido. Todos temos “a” história, aquela em que fomos protagonistas e que se destaca entre todas as outras.
Hoje o grupo aumentou: novos amigos, esposas, namoradas, filhos, mas os sete continuam os mesmos: eternos moleques, mal disfarçados pelos abdomens proeminentes ou pelos cabelos grisalhos.
Cada um luta pela sua vida, uns mais sossegados, outros na busca mais inglória, mas quando nos encontramos o mundo pára, só existimos nós e nossas histórias.
Nunca passou a menor sombra de desentendimento entre nós. Nenhuma mulher, dinheiro ou opinião nos fez romper. Brigar, brigamos muito, chamamos nomes uns aos outros. Sei que posso pegar qualquer um deles e passar-lhe uma descompostura caso tenha feito alguma besteira grossa, e eles sabem – e fazem – o mesmo comigo.
Assim como sei que a qualquer hora da madrugada, e em qualquer lugar em que me encontre, posso ligar para um deles e pedir socorro. É uma espécie de Máfia, mas sem pacto de sangue ou bobagens parecidas. O que nos une é um profundo e inabalável sentimento de comunhão, de afeto, de fraternidade.
Muita gente já escreveu sobre a amizade, mas creio que poucas, como eu, tiveram a grande ventura de viver tudo aquilo que as palavras descrevem.
Que todos vocês tenham a felicidade de ter amigos como esses e outros com que a vida me presenteou.
Boa Semana!
Um comentário:
Oi Ri, foi 10 o encontro na Cachaçaria... essa turma quando se encontra só sai besteira!!! rs rs rs... e só você consegue traduzir em palavras, como ninguém, o tamanho desta amizade...
Bjs Gi
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